As alergias alimentares afetam milhões de pessoas em todo o mundo, por essa razão é que é essencial saber quais são os alimentos que os contêm e como evita-los. Neste artigo, vou dizer-te quais são os 14 principais alergénios e também partilhar dicas de como conviver com estas restrições alimentares.
Vamos lá!
Índice
Um pouco da minha história com a alergia alimentar
Para te dar um pouco de enquadramento, em 2016 o meu filho mais novo foi diagnosticado com alergia alimentar à proteína do leite de vaca (APLV), tinha ele um mês de idade. Posteriormente, na introdução alimentar, ele reagiu a praticamente todos os alimentos que possas imaginar, mesmo os mais simples como cenoura ou curgete. Foi então que nasceu o Criar Comer Crescer, este site/blog criado para ajudar e inspirar famílias que enfrentam desafios semelhantes. Mais tarde, em 2023 foi lançado, em coautoria com a Dra. Mariana Couto, escrevemos o livro Alergias – Comer Sem Medos, um guia essencial para quem convive com alergias alimentares.
O que são alergénios alimentares?
Os alergénios alimentares são substancias presentes em determinados alimentos que podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis. Sendo assim, estas reações ocorrem porque o sistema imunitário identifica erradamente estas substância como perigosas e reage de forma exagerada.
As reações adversas a alimentos são actualmente classificados como hipersensibilidade alimentar, com dois subtipos principais:
- Alergia alimentar: resultado de uma resposta específica do sistema imunitário.
- Hipersensibilidade alimentar não-alérgica: reativações que não envolvem mecanismos imunológicos, como intolerâncias enzimáticas ou farmacológicas.
Quais são os principais alergénios alimentares?
Em Portugal e na União Europeia, existem 14 alergénios considerados principais. Portanto, estes devem ser destacados nos rótulos dos alimentos embalados para garantir a segurança dos consumidores:
- Leite
- Ovos
- Glúten (trigo, centeio, cevada, aveia e derivados)
- Amendoins
- Frutos secos/Oleaginous (como amêndoa, avelã, noz, pistácio, etc.)
- Soja
- Peixe
- Crustáceos
- Moluscos
- Sementes de sésamo
- Tremoço
- Aipo
- Mostarda
- Dioxido de enxofre e sulfitos (em concentrações superiores a 10mg/kg ou 10mg/l)
Fonte: Regulamento (UE) Nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2011, relativo à prestação de informações aos consumidores sobre os géneros alimentícios.
Os alergénios são geralmente proteínas ou glicoproteínas que possuem características como resistência a altas temperaturas e pH ácido. Contudo, algumas proteínas alteram a sua alergenicidade quando submetidas ao calor, como frutas e vegetais crus que são bem tolerados cozinhados, ou o amendoim, que se torna mais alergénico tostado do que frito ou cozido.
Como evitar os alergénios e lidar com restrições alimentares?
Evitar os alergénios requer um pouco de conhecimento e um planeamento cuidadoso com atenção aos detalhes. Por essa razão é que comecei a cozinhar cada vez mais e mais em casa, no supermercado só comprava ingredientes, porque perdia mais tempo a ler rótulos do que a efectivamente a fazer compras. Portanto deixo aqui algumas dicas:
- Leia sempre os rótulos dos alimentos: Verifique a presença de alergénios ou de possíveis contaminações cruzadas.
- Informe-se em restaurantes: Pergunte sobre os ingredientes e como os pratos são preparados para evitar contaminação cruzada.
- Cozinhe em casa: Prepare as suas refeições utilizando ingredientes seguros e adaptados às suas necessidades.
- Tenha sempre snacks seguros à mão: Assim, evita surpresas em situações sociais ou quando está fora de casa.
Conselhos para familias e escolas
- Eduque as crianças: Ensine-as desde cedo a identificar os alimentos que devem evitar e a reconhecer sinais de uma reação alérgica.
- Colabore com a escola: Certifique-se de que a equipa escolar está informada sobre as alergias da criança e de que existem planos de emergência em caso de necessidade.
- Partilhe informação: Outros familiares e amigos também devem estar cientes das restrições alimentares e como agir em emergências.
Esta estratégias são fundamentais para quem vive com alergias ou outras restrições alimentares, e encontrará ainda mais dicas práticas no meu livro.
Conviver com alergias alimentares, incluindo restrições alimentares complexas e alergias infantis, pode ser desafiador. Contudo, com conhecimento e estratégias práticas, é possível ter uma vida plena e saborosa. Aqui no Criar Comer Crescer, encontra receitas, dicas e soluções práticas para lidar com alergias alimentares de forma segura e descomplicada.
Se gostou deste artigo, partilhe nas suas redes sociais com a hashtag #CriarComerCrescer. Além disso, não se esqueça de explorar o nosso livro Alergias – Comer Sem Medos, onde encontra mais de 40 receitas livres dos 8 principais alergénios.
Beijinho e qualquer coisa disponha !
Deixe um comentário